Projeto Raízes

A equipa atual da junta de núcleo, liderada pelo Chefe Ernesto Machado está a desenvolver o projeto Raízes ao longo do triénio de 2020-2023, inspirando-se na necessidade de olharmos para o futuro dando passos firmes sem esquecer o passado.

“é impossível que alguém cresça se não tiver raízes fortes que o ajudem a estar bem preso e agarrado à terra…”Papa Francisco – Discurso Vigilia cm os jovens durante a XXXIV Jornada Mundial da Juventude no Panamá (26 de janeiro 2019)

Raizes, foi o nome que escolhemos para o nosso projeto, tendo por base os nossos objetivos em ser raízes profundas com que cuidam de si e dos outros, pois acreditamos que é das Raízes que vem a força que nos vai fazer Crescer, Florescer e Frutificar. Queremos ser capazes de estender as nossas Raízes a todos os Agrupamentos e de forma responsável termos a capacidade de nos aproximarmos, de ouvir e sentir as suas preocupações e dificuldades, valorizando a sua ação mas propondo também práticas de melhoria e de crescimento. 

Queremos que os nossos Dirigentes tenham a coragem de afirmar com autenticidade a sua promessa no compromisso de educar crianças e jovens à luz do evangelho, contribuído de forma decisiva para uma sociedade em que os valores humanos sejam o pilar do desenvolvimento. Este é o contributo que o nosso movimento tem vindo a prestar à nossa sociedade, por isso, queremos que se mantenha presente e no futuro. Reforçamos esta nossa missão nas palavras do nosso fundador Baden-Powell 

O Chefe-Escuta precisa de não ser nem mestre-escoIa, nem oficial comandante, nem cura, nem instrutor. Precisa de se colocar no lugar de irmão mais velho, isto é, ver as coisas do ponto de vista do rapaz e orientá-lo, guiá-lo e entusiasmá-lo na direção correta. Como o verdadeiro irmão mais velho, precisa de compreender as tradições da família e procurar que estas se mantenham, ainda que seja necessária grande firmeza.”

As Raízes que pretendemos estender, procuram ajudar também os jovens a descobrir a riqueza viva do passado, fazendo memória e servindo-se desta para as próprias decisões, tendo em vista o seu crescimento no serviço e no amor ao próximo 

No escutismo, em particular no núcleo de Guimarães, o que nos motiva, é o afirmar dos valores e princípios do movimento, garantir que estes sejam transmitidos aos jovens através do método escutista para que eles se tornem Homens Novos capazes de realizarem os seus sonhos e tornarem o mundo melhor através do serviço e do amor ao próximo. 

Este é o nome que escolhemos para o projeto e que simboliza a nossa vontade em afirmar uma mensagem que estimule e reforce a nossa identidade. 

Lema e Orientações Estratégicas

Hoje queremos ser Raízes, porque acreditamos que os nossos jovens e adultos precisam de estar fortalecidos com raízes fortes, para que não sucumbam perante as tempestades. É necessário que os nossos jovens se proponham a construir um futuro com raízes fortes, raízes de esperança. 

«Apesar das dificuldades, não vos deixeis desanimar e não renuncieis aos vossos sonhos! Pelo contrário, cultivai no coração desejos grandes de fraternidade, de justiça e de paz. O futuro está nas mãos de quem sabe procurar e encontrar razões fortes de vida e de esperança» 

BENTO XVI, Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude de 2010, 7

Orientações Estratégicas

Raízes deIdentidade– Sendo o nosso movimento um movimento de Igreja é necessário preservar a sua identidade, enquanto Escutismo Católico Português, é extremamente importante, já que, sendo membro da Organização Mundial do Movimento Escutista, somos também ao mesmo tempo, Movimento da Igreja.

Raízes deAbertura– Apesar dos nossos agrupamentos terem um conjunto de atividades, por vezes grandiosas e complexas, esse facto não deve ser argumento para uma menor abertura do agrupamento à comunidade local e as outras associações ou projetos. O desafio consiste na capacidade de harmonizar as duas dimensões de forma equilibrada, permitindo que, sem perder a nossa especificidade, os agrupamentos dêem um importante contributo para o exterior.

Raízes deEvangelização– Ser um elemento evangelizador deverá ser uma procura diária para todos os nossos Dirigentes. Para que possam “crer o que lê, ensinar o que crê e viver o que ensina”. Daqui resulta uma evangelização comunitária e paroquial.

Raízes deIntegração– Temos de ter a missão de cativar os que ainda não estão inteiramente em sintonia de valores ou ideais, para lhes propor um caminho mais excelente do que todos os outros: o caminho da fé traduzida em caridade. Apesar de este objectivo ser exigente e rigoroso, está ao nosso alcance, para isso basta defender e aceitar verdade, mesmo que seja difícil. Por isso, saber integrar sem perder a linha orientadora revela-se um importante e exigente desafio.

Raízes deComunhão– Procurar a comunhão eclesial, sobretudo com outros grupos paroquiais e com outros Movimentos é um objectivo permanente para todos os nossos agrupamentos. A busca de uma mesma meta, não obstante as diferenças, é a única via para a comunhão e para o acolhimento. 

Raízes deAção– Desafiamos os jovens a envolverem-se ativamente na sua própria educação. É essencial aplicarmos e desenvolvermos o método escutista, para que os nossos jovens se tornem conscientes do ser, detentores do saber e preparados para agir. A nossa juventude, a sociedade, apenas beneficiará da nossa ação, se formos capazes de sermos fiéis ao método escutista.

Raízes deFraternidade– As atividades e os contactos entre escuteiros são uma constante, sendo oportunidades de crescimento e desenvolvimento dos nossos jovens. Por isso é essencial a participação de qualquer escuteiro nas actividades locais, regionais, nacionais e internacionais, pois ficam mais enriquecidos, deixando-lhes recordações e marcas que quase sempre se mantêm pela vida fora. “A duração média da vida de escuteiro de um rapaz é comparativamente curta, e é bom que cada geração de escuteiros possa assistir a, pelo menos, um grande encontro escutista, uma vez que isto possibilita ao rapaz tomar consciência de que é membro de uma vastíssima fraternidade, ao mesmo tempo que lhe permite travar conhecimento pessoal com irmãos escutas de outros distritos e de outros países.”